Fotógrafos fazem protesto contra roubos no último desfile do SPFW
Em sinal de revolta contra a falta de segurança, os fotógrafos colocaram as câmeras na passarela antes de o desfile começar.
Neste domingo (13), aconteceram dois furtos na sala de imprensa e um assalto a mão armada, no estacionamento, a um casal de fotógrafos.
O fotógrafo Ernesto Rodrigues, do jornal O Estado de S.Paulo, teve furtado todo equipamento com o qual trabalhava, avaliado por ele em cerca de R$ 40 mil.
- Saí por um minuto da minha mesa na sala de imprensa e quando voltei meu material havia sumido. Acho um absurdo uma sala de imprensa de um evento desse porte não ser monitorada por câmeras. Se houvesse esse controle, nós profissionais trabalharíamos mais tranquilos.
Mastrangelo Reino, fotógrafo do jornal Folha de S.Paulo, compartilhou da opinião de seu colega.
- Cubro o São Paulo Fashion Week há oito edições e sempre escuto histórias de roubos.
Histórias como a contada pela fotógrafa Silvia Borello, da revista Corte Perfeito. Em 2008, ela teve sua máquina, avaliada em R$ 4.000, roubada também da sala de imprensa.
- A segurança barra a gente de sair da sala de imprensa com uma garrafa de água, mas não barra a saída de ladrões com equipamentos dos outros.
- A gente já trabalha sob tanta tensão. O mínimo que o evento pode dar aos profissionais é a segurança. Ter câmeras registrando é algo básico.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a assessoria do SPFW afirmou que “a responsabilidade pela segurança dos equipamentos trazidos ao evento cabe a cada profissional e que o evento não se responsabiliza pelos materiais furtados”.
Questionada se não pretende colocar câmeras na sala de imprensa na próxima edição, como pedem os fotógrafos, a assessoria do evento afirmou que “não pretende fazer isso, porque afetaria a privacidade dos profissionais”.
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